A INTEGRAÇÃO ECONÓMICA REGIONAL: Impacto No Sector Empresarial Moçambicano, Benefícios e Desafios Enfrentados Por Este Sector

Qual é o impacto da Integração Económica Regional no empresariado Moçambicano?

Diante da crescente dinâmica que vem se verificando no mundo há uma necessidade por parte dos Países de desenvolverem-se com o intuito de acompanhar a globalização e poderem competir a um nível internacional. A integração económica regional é uma das formas que os Países usam para desenvolverem-se, suprir suas necessidades comuns e melhor resolver problemas semelhantes em conjunto do que com acções isoladas. Para que tal aconteça com sucesso e o processo de integração regional aconteça na sua plenitude é necessário que se passe por um conjunto de etapas e também é necessária a implementação de medidas de carácter económico e comercial. Estas medidas trazem consigo uma série de benefícios para a economia, mas também trazem prejuízos ou desafios.

Para o caso de Moçambique, este é um país da África Austral que faz parte da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC). O processo de integração económica regional em curso na SADC decorre com diferenças demarcadas devido a diferentes níveis de desenvolvimento dos países membros. Estas diferenças fazem com que as medidas implementadas no processo da integração tenham diferentes impactos nas economias.

É neste contexto que tornar-se necessário avaliar o impacto de tais medidas implementadas na economia Moçambicana e saber como estas medidas podem afectar o bom funcionamento da economia, mais especificamente no empresariado nacional.

Objectivos Gerais

• Avaliar o impacto da Integração Económica Regional no empresariado Moçambicano.

Objectivos Específicos

• Análise do impacto das medidas implementadas nas diferentes etapas do processo da Integração Económica Regional;

• Fazer um levantamento e analisar as possíveis estratégias usadas pelas empresas Moçambicanas para fazerem face as mudanças que ocorrem na economia;

• A Integração Económica Regional traz benefícios para as empresas Moçambicanas e há uma facilidade na capacidade de adaptação das empresas as novas condições de mercado (impacto positivo da integração);

• Uma vez que os desafios enfrentados pelas empresas no âmbito da Integração Económica Regional são maiores que os benefícios, há uma maior dificuldade por parte delas de integrar-se neste novo mercado regional, levando assim a integração a ter um impacto negativo.

• Qual e o impacto da integração económica regional na economia Moçambicana?

• Como o sector privado faz face aos desafios impostos no processo da integração económica regional?

• Que proveitos o empresariado nacional tira da integração regional?

• Com a abertura a um novo mercado regional o sector privado Moçambicano consegue ser competitivo suficiente para beneficiar-se da integração?

Sendo Moçambique, país de periferia (em termos de desenvolvimento económico) dentro da região, devido a características especificas da economia: subdesenvolvida e desequilibrada, débil e dependente, vulnerável e ineficiente (CASTEL-BRANCO), o processo de Integração Económica Regional é uma oportunidade do país penetrar novos mercados e oportunidade de alargamento do empresariado nacional e dos seus produtos e serviços. Mas por outro lado, representa também um grande desafio para Moçambique na medida em que a economia nacional será chamada a competir lado a lado com economias relativamente fortes, num contexto de ausência de barreira, donde se nada for feito, e as empresas nacionais não se adeqúem ao mercado regional, se depare na situação onde os ganhos da Integração Económica Regional reverterão para outras economias, a custa da deterioração cada vez mais acentuada da estrutura nacional. Dai a necessidade do estudo do impacto da integração regional e tentativa de identificação de estratégias para que os ganhos se revertam a nosso favor.

Não existe um consenso na literatura sobre a definição de integração regional. Segundo CORREIA, alguns autores definem a integração como a conexão de várias partes de um todo; outros a consideram como sendo várias formas de cooperação internacional, argumentando que a simples existência de relações comerciais entre economias nacionais independentes, já é um sinal de integração.

Segundo BELLA BALASSA, a integração económica regional pode ser definida em duas perspectivas, nomeadamente: como processo (implica medidas destinadas à abolição de discriminações entre unidades económicas de diferentes Estados) e como situação (pode corresponder à ausência de várias formas de descriminação).