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Competititvidade empresarial em Moçambique: A dinâmica do acesso aos serviços não- financeiros e financeiros no desenvolvimento do Sector Privado

1 Descrição do problema

Após o alcance da independência à 25 de Junho de 1975, Moçambique viu os seus níveis de produção decrescerem de forma acentuada, as populações das zonas rurais com um nível de consumo abaixo do considerado mínimo, e desequilíbrios no balanço macroeconómico devido ao elevado deficit orçamental e problemas na Balança de transacções correntes e a própria Balança de Pagamentos. Após se ter observado a ocorrência destes factos, verificou-se a necessidade de se avaliar a eficácia e eficiência do regime até então implementado − Economia Centralmente Planificada − para o contexto presente na altura. Foi com as constatações feitas que com a intervenção das Instituições de Bretton Woods que Moçambique iniciou um conjunto de reformas económicas com vista a alterar o cenário que prevalecia na época. Estas reformas tinham o objectivo de liberalizar a economia fazendo com que se orientasse para uma economia de Mercado. A privatização das instituições públicas e a liberalização dos mercados foram os primeiros passos para a criação de uma economia assente na actividade privada pois viu-se no sector privado a forma para se reverter a situação económica (débil) em que o país se encontrava. Contudo, verificou-se que tais bases não foram suficientes para promover um sector privado dinâmico e desenvolvido pois, para tal, seria necessário um conjunto de elementos que acompanhasse o desenrolar das reformas económicas, como a aceitação de troca de papéis por parte do governo, uma vez que deixaria de caber ao governo a provisão de variados bens e serviços. Para além disto, seria necessário deixar com que as decisões fossem tomadas mais a nível do Mercado, diminuindo desta forma a intervenção do governo e, criação de um ambiente que promova a cultura de desenvolver empreendimentos.

2 Discrepância

Foi instituido o regime de economia de Mercado em substituição do regime em que as decisões em relação ao nível de produção eram tomadas pelo governo, por se ter visto no sector privado a forma de ultrapassar os problemas vigentes na altura, bem como, o orgnanismo necessário para acelerar o crescimento e desenvolvimento da economia através da produção e comercialização de bens e serviços, criação de empregos e mais receitas para financiar as despesas governamentais. Porém, o sector privado moçambicano não possui ainda as características desejadas demonstrando, após cerca de vinte anos desde a liberalizacão da economia, não estar devidamente capacitado para desempenhar o papel de um organismo responsável pela condução do nível de crescimento e desenvolvimento da economia, assim como, do bem estar da população.

3 Problema de Pesquisa

A economia moçambicana possui um sector privado caracterizado por baixos níveis de produção, embora possua grandes potenciais para uma produção em larga escala, assim como, para a redução da dependência aos recursos externos. Trata-se de um sector privado que possui um capital humano com um nível de qualidade baixo comparado com o padrão internacional o que faz com que a produtividade deste sector seja baixa, ou, por outras palavras, abaixo daquela que poderia ser. A baixa produtividade do sector privado demonstra que a economia ainda não é capaz de se abastecer sem uma forte intervenção do governo, o que deixa ambiguo o conhecimento dos papéis que cada uma das partes deve desempenhar. Este facto gera uma falta de clareza em relação a missão de cada uma das partes uma vez que ambas actuam com vista a reduzir os níveis de pobreza existentes, fazendo com que se reduza a eficiência do sector público que é o sector a que recaem as despesas ou necessidades não supridas pelo sector privado. A baixa produtividade do sector privado revela também a falta de capacidade para competir internamente, bem como, com os outros países, fazendo com que se questione o nível da qualidade dos produtos e serviços produzidos pela economia. Assim, um sector privado com as características como as do sector privado moçambicano, requer um conjunto de reformas que o permita encarar os desafios aos quais enfrenta como uma oportunidade de se desenvolver. Porém, encontra-se como entrave o facto de as economias não actuarem de forma isolada, procurando responderem todas elas ao passo da globalização. Portanto, o sector privado moçambicano necessita de reformas(à todos os níveis que irão influenciar de forma positiva) que o permitam acelerar o seu desevolvimento com vista propiciar um aumento da produtividade e assim aliviar as despesas com as quais o sector público tem de incorre e acima de tudo fomentar um aumento do nível de bem estar da população.

4 Hipóteses

Para responder as questões de pesquisa irá se pretender explorer o tipo de relação entre o desenvolvimento da competitividade empresarial com o acesso aos serviços financeiros e não financeiros por parte das empresas. Para tal, serão colocadas as seguintes Hipóteses de pesquisa: H0: A competitividade empresarial é positivamente influenciada pela disponibilização dos serviços financeiros e não- financeiros; H1: A competitividade empresarial não é influenciada pela disponibilização dos serviços financeiros e não- financeiros.

5 Pergunta de Pesquisa

É com base no contexto acima descriton que a presente pesquisa pretende responder às seguintes questões: • Que factores justificam o fraco desempenho do sector privado nacional?

• De que forma o acesso aos serviços financeiros e não-financeiros por parte das empresas contribuirá para o aumento da competitividade das mesmas?

6 Justificação (Importância da Pesquisa)

O sector privado permite o aproveitamento dos recursos nacionais, com tendência a substituição de importações e aumento das exportações, permitindo que maior parte do valor acrescentado seja retido no país e permitindo deste modo a geração de riqueza no país e ainda permitir reduzir a vulnerabilidade do país a choques. Além disto, permite o acesso ao rendimento às populações desfavorecidas contribuindo desta forma para a estabilidade económica e social do país. Estes e outros factores fazem destas empresas muito importantes para o desenvolvimento económico e sustentável do país.

O acesso aos serviços financeiros é um factor importante para viabilizar estratégias de crescimento das empresas. Por esta razão, admite-se que o sistema financeiro desempenha um papel importante ao contribuír para a viabilização de projectos socialmente desejáveis e para aumentar a eficiência destes investimentos possibilitando desta forma um maior crescimento da

economia. Desta forma, o financiamento ao sector privado, e a consequente realização dos seus projectos de investimento, tem um conjunto de efeitos benéficos claramente visíveis. Verifica-se, entre outros resultados, o aumento da produção interna, o incremento na oferta de empregos, o crescimento na arrecadação de impostos e o impacto positivo sobre a balança comercial, através da substituição das importações e promoção das exportações.

O acesso aos serviços não financeiros constitui outro factor não menos importante uma vez que é através deles que as empresas podem suprir necessidades que representam contrangimentos para melhorarem a qualidade e divulgação dos seus produtos e serviços fazendo com que se tornem menos competitivas. 

7 Definições Operacionais

O Sector privado refere-se às organizações que possuem uma estratégia principal e missão de desenvolver actividades com finais lucrativos que vão desde a produção de bens, provisão de serviços e/ou comercialização.

A competitividade empresarial é uma combinação de um número de factores formando a competitividade e não deve ser testado num dado momento, mas sim avaliado de forma dinâmica, tendo em conta as tendências das mudanças. A competitividade inclui a abilidade de melhorar a eficiência dos negócios, que é a base da obtenção de lucros. Em termos do melhoramento da eficiência, vem ao lado, outros factores importantes como o desenvolvimento da produtividade, o custo da unidade do trabalho, o nível de tecnologia usado, a utilização da capacidade e flexibilidade de produção.

8 Objectivos da Pesquisa

8.1 Objectivo geral

O objectivo geral da presente pesquisa é de avaliar como o acesso aos serviços financeiros e não financeiros podem influenciar positivamento na competitividade do sector privado nacional.

8.2 Objectivos específicos

• Descrever as características do sector privado nacional;

• Analisar quais os factores que explicam o fraco desempenho do sector privado nacional;

• Demonstrar como o acesso aos serviços financeiros e não financeiros podem influenciar na competitividade empresarial.