Renda Fixa - alandrade21/docsCompartilhados GitHub Wiki
Aumento dos preços, causando perda de poder de compra (na proporção do índice de inflação).
Medida pelo:
- IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo):
- IBGE.
- Mais relevante para investimentos.
- IGPM (Índice Geral de Preços ao Mercado):
- FGV
Juno nominal é quanto uma aplicação diz que vai render, por exemplo, 11% a.a.
Juro real é quando descontamos a inflação do juro nominal. No exemplo acima, se utilizarmos uma inflação de 5% a.a., o juro real seria 11% - 5% = 6%
.
Num investimento, o que importa é o juro real.
Prefixada: Rentabilidade definida no momento da compra do título.
Pós-fixada: Rentabilidade geralmente é um percentual do CDI (Certificado de Depósito Interfinanceiro, que é o valor dos juros entre as instituições financeiras). Geralmente muito próximo da Selic (taxa básica de juros da economia - BACEN). É pós, pq se o CDI varia, a rentabilidade varia com ele.
Indexada à Inflação: Mistura pré e pós. Pós é IPCA (inflação), e o pré é a taxa acima da inflação. Por ex.: IPCA + 5% a.a.
Tabela regressiva.
- Até 180 dias: 22,5%.
- De 181 a 360 dias: 20%.
- De 361 a 720 dias: 17,5%.
- Mais de 720 dias: 15%.
Outras taxas são a taxa de custódia de 0,25% a.a. para estoque acima de R$10.000,00.
De Mercado: Fatores de mercado que causam variação no preço do título (afeta muito ações).
De Liquidez: São causados pela carência do título (período no qual o título não pode ser quitado e transformado em liquidez).
De Crédito: Risco do emissor dar calote. Avaliar o rating do emissor nas agências avaliadoras e se o título tem proteção no FGC (Fundo Garantidor de Crédito - Cobre bancos - 250 mil reais por CPF e por instituição).
Modalidades:
- Tesouro Prefixado (antiga LTN/NTN-F)
- Tesouro IPCA+ (Antiga NTN-B)
- Tesouro Selic (Antiga LFT)
- Pós-fixada
Pagamento de Juros:
- Principal: Os juros são pagos só no vencimento. Tem para as 3 modalidades.
- Semestrais: Juros pagos a cada 6 meses. O valor do título aumenta, e a cada 6 meses ele diminui e a diferença é depositada na conta. Existe apenas para o pré e IPCA+.
- CDB - Certificado de depósito bancário
- Tem cobertura do FGC.
- Tb tem que avaliar o rating do banco, para minimizar risco de crédito.
- A restabilidade tb pode ser pré, pós e IPCA.
- A taxa de rentabilidade tem que ser maior que a dos públicos, pq o risco é maior.
- Geralmente troca risco e liquidez por rentabilidade.
- Isento de taxas e risco de mercado.
- Segue a tabela regressiva de IR.
- LCI/LCA - Letra de Crédito Imobiliário / Agronegócio
- Tem proteção do FGC.
- Tb tem que avaliar o rating do banco, para minimizar risco de crédito.
- A restabilidade tb pode ser pré, pós (essas duas mais comuns) e IPCA.
- Não tem liquidez diária. A mínima, por lei, é de 3 meses.
- Isento de IR e taxas, mas com taxas de rentabilidade menores.
- Para comparar uma aplicação que tem IR com uma que não tem:
-
% de juros da que tem IR x (1 - % de IR)
. - Ex:
- CDB de 120% CDI para 1 ano, com IR de 17,5%.
-
120% x (1 - 17,5%) = 120% x 0,825 = 99%
. - CDB de 120% CDI para 1 ano equivale a LCI ou LCA de 99% CDI.
-
- Para comparar uma aplicação que não tem IR com uma que tem:
*
% de juros da isenta / (1 - % de IR)
.
Não são cobertos pelo FGC. Por isso é ainda mais importante verificar o rating.
As taxas de rentabilidade tem que ser maior que os títulos públicos e bancários.
- Debêntures
- Mais flexível em termos de liquidez, mas pouco desenvolvido no Brasil.
- Mais longos que os títulos bancários.
- Paga IR na tabela progressiva. Alguns títulos são isentos.
- Tem risco de mercado para venda antecipada.
- CRI/CRA - Certificado de Recebíveis Imobiliário / Agronegócio
- Isento de IR.
Garantias:
Aumentam o rating da empresa, e por isso oferecem taxas menores.
- Fiança: Empresa maior assume a dívida em caso de default. Comum para empresas menores.
- Alienação Fiduciária: Oferece imóveis como garantia.
- Estrutura de Subordinação: Divisão das cotas entre sênior e subordinada. As cotas sênior tem preferência no pagamento em caso de default. Uma % do investimento é em cota subordinada.
- Sobrecolaterização: Ocorre qdo a empresa capta mais do que empresta. Então ela tem caixa pra arcar com a dívida.
- Seguro de Performance: Caso a construtura não consiga entregar o imóvel, há um seguro para que uma nova construtura seja contratada.
- Objetivos Financeiros:
- Aumento de patrimônio.
- Geração de renda.
Se o objetivo é aumentar patrimônio, escolhe títulos que não pagam cupons. Assim o imposto é cobrado uma única vez no resgate.
Se o objetivo é gerar renda, escolhe títulos que pagam cupons mensais, gerando fluxo de caixa.
- Objetivos de Rentabilidade:
- Expectativa de alta de juros.
- Expectativa de queda de juros.
- Expectativa de aumento da inflação.
- Expectativa indefinida.
Se a expectativa é de alta de juros, priorizar títulos vinculados à SELIC e CDI.O risco está na taca não subir ou cair, diminuindo a restabilidade, mas não há risco de deságio.
Se a expectativa é de queda de juros, priorizar os préfixados (travando o rendimento). Não perde rendimento se os juros caíres, mas também não ganha se os juros aumentarem. O risco está na venda antecipada. Vender num período de juros subindo haverá deságio (risco de mercado). Vender num período de juros caindo pode gerar lucro extra.
Se a expectativa é de aumento da inflação, priorizar títulos indexados à inflação. Pode haver risco de mercado em caso de venda antecipada (ver o parágrafo anterior). Quanto maior o prazo do título, maior o risco. Como esses títulos costumam ter prazos muito longos, podem gerar grandes perdas ou lucros excepcionais em venda antecipada.
Se a expectativa for indefinida, montar uma carteira equilibrada, dando prioridade para outros tipos de objetivos.
- Objetivos de Prazo:
- Ladder (escada).
- Bullet (bala).
- Barbell (halter).
Na ladder, adquire títulos com durações diferentes, pra criar um fluxo de caixa regular com os vencimentos dos títulos. Tem flexibilidade para explorar cenários econômicos reinvestindo o dinheiro dos títulos que vão vencendo. Ou simplesmente para gerar fluxo de caixa. Ex.: usar o IPCA+, onde os vencimentos se renovam no longo prazo. No médio prazo usa os títulos privados.
Na bullet, adquire títulos com o mesmo vencimento ao longo do tempo para receber o valor de todos de uma única vez.Para quem já tem um objetivo claro, como comprar um bem em uma data específica.
Na barbell, divide o patrimônio em dois blocos. Um bloco com títulos de curto prazo para formar reserva de liquidez. Outro é investido em títulos de longo prazo. Ex.: 30% em Tesouro Selic (liquidez sem risco - tira imprevistos daqui sem risco de deságio) e 70% em Tesouro IPCA+ Principal de longo prazo (boa remuneração e protege o dinheiro contra a inflação). Essa é uma estratégia que concentra os rendimentos nos extremos, ignorando o médio prazo.
- Objetivos de Proteção:
- 20% em ações
- 20% títulos privados
- 20% fundos
- 40% títulos públicos