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Inflação

Aumento dos preços, causando perda de poder de compra (na proporção do índice de inflação).

Medida pelo:

  • IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo):
    • IBGE.
    • Mais relevante para investimentos.
  • IGPM (Índice Geral de Preços ao Mercado):
    • FGV

Juro Nominal e Juro Real

Juno nominal é quanto uma aplicação diz que vai render, por exemplo, 11% a.a.

Juro real é quando descontamos a inflação do juro nominal. No exemplo acima, se utilizarmos uma inflação de 5% a.a., o juro real seria 11% - 5% = 6%.

Num investimento, o que importa é o juro real.

Tipos de Rentabilidade

Prefixada: Rentabilidade definida no momento da compra do título.

Pós-fixada: Rentabilidade geralmente é um percentual do CDI (Certificado de Depósito Interfinanceiro, que é o valor dos juros entre as instituições financeiras). Geralmente muito próximo da Selic (taxa básica de juros da economia - BACEN). É pós, pq se o CDI varia, a rentabilidade varia com ele.

Indexada à Inflação: Mistura pré e pós. Pós é IPCA (inflação), e o pré é a taxa acima da inflação. Por ex.: IPCA + 5% a.a.

IR sobre Lucro

Tabela regressiva.

  • Até 180 dias: 22,5%.
  • De 181 a 360 dias: 20%.
  • De 361 a 720 dias: 17,5%.
  • Mais de 720 dias: 15%.

Outras taxas são a taxa de custódia de 0,25% a.a. para estoque acima de R$10.000,00.

Riscos

De Mercado: Fatores de mercado que causam variação no preço do título (afeta muito ações).

De Liquidez: São causados pela carência do título (período no qual o título não pode ser quitado e transformado em liquidez).

De Crédito: Risco do emissor dar calote. Avaliar o rating do emissor nas agências avaliadoras e se o título tem proteção no FGC (Fundo Garantidor de Crédito - Cobre bancos - 250 mil reais por CPF e por instituição).

Tesouro Direto

Modalidades:

  • Tesouro Prefixado (antiga LTN/NTN-F)
  • Tesouro IPCA+ (Antiga NTN-B)
  • Tesouro Selic (Antiga LFT)
    • Pós-fixada

Pagamento de Juros:

  • Principal: Os juros são pagos só no vencimento. Tem para as 3 modalidades.
  • Semestrais: Juros pagos a cada 6 meses. O valor do título aumenta, e a cada 6 meses ele diminui e a diferença é depositada na conta. Existe apenas para o pré e IPCA+.

Títulos Bancários

  • CDB - Certificado de depósito bancário
    • Tem cobertura do FGC.
    • Tb tem que avaliar o rating do banco, para minimizar risco de crédito.
    • A restabilidade tb pode ser pré, pós e IPCA.
    • A taxa de rentabilidade tem que ser maior que a dos públicos, pq o risco é maior.
    • Geralmente troca risco e liquidez por rentabilidade.
    • Isento de taxas e risco de mercado.
    • Segue a tabela regressiva de IR.
  • LCI/LCA - Letra de Crédito Imobiliário / Agronegócio
    • Tem proteção do FGC.
    • Tb tem que avaliar o rating do banco, para minimizar risco de crédito.
    • A restabilidade tb pode ser pré, pós (essas duas mais comuns) e IPCA.
    • Não tem liquidez diária. A mínima, por lei, é de 3 meses.
    • Isento de IR e taxas, mas com taxas de rentabilidade menores.
    • Para comparar uma aplicação que tem IR com uma que não tem:
      • % de juros da que tem IR x (1 - % de IR).
      • Ex:
        • CDB de 120% CDI para 1 ano, com IR de 17,5%.
        • 120% x (1 - 17,5%) = 120% x 0,825 = 99%.
        • CDB de 120% CDI para 1 ano equivale a LCI ou LCA de 99% CDI.
    • Para comparar uma aplicação que não tem IR com uma que tem: *% de juros da isenta / (1 - % de IR).

Títulos de Empresas

Não são cobertos pelo FGC. Por isso é ainda mais importante verificar o rating.

As taxas de rentabilidade tem que ser maior que os títulos públicos e bancários.

  • Debêntures
    • Mais flexível em termos de liquidez, mas pouco desenvolvido no Brasil.
    • Mais longos que os títulos bancários.
    • Paga IR na tabela progressiva. Alguns títulos são isentos.
    • Tem risco de mercado para venda antecipada.
  • CRI/CRA - Certificado de Recebíveis Imobiliário / Agronegócio
    • Isento de IR.

Garantias:

Aumentam o rating da empresa, e por isso oferecem taxas menores.

  • Fiança: Empresa maior assume a dívida em caso de default. Comum para empresas menores.
  • Alienação Fiduciária: Oferece imóveis como garantia.
  • Estrutura de Subordinação: Divisão das cotas entre sênior e subordinada. As cotas sênior tem preferência no pagamento em caso de default. Uma % do investimento é em cota subordinada.
  • Sobrecolaterização: Ocorre qdo a empresa capta mais do que empresta. Então ela tem caixa pra arcar com a dívida.
  • Seguro de Performance: Caso a construtura não consiga entregar o imóvel, há um seguro para que uma nova construtura seja contratada.

Objetivos de Investimento

  • Objetivos Financeiros:
    • Aumento de patrimônio.
    • Geração de renda.

Se o objetivo é aumentar patrimônio, escolhe títulos que não pagam cupons. Assim o imposto é cobrado uma única vez no resgate.

Se o objetivo é gerar renda, escolhe títulos que pagam cupons mensais, gerando fluxo de caixa.

  • Objetivos de Rentabilidade:
    • Expectativa de alta de juros.
    • Expectativa de queda de juros.
    • Expectativa de aumento da inflação.
    • Expectativa indefinida.

Se a expectativa é de alta de juros, priorizar títulos vinculados à SELIC e CDI.O risco está na taca não subir ou cair, diminuindo a restabilidade, mas não há risco de deságio.

Se a expectativa é de queda de juros, priorizar os préfixados (travando o rendimento). Não perde rendimento se os juros caíres, mas também não ganha se os juros aumentarem. O risco está na venda antecipada. Vender num período de juros subindo haverá deságio (risco de mercado). Vender num período de juros caindo pode gerar lucro extra.

Se a expectativa é de aumento da inflação, priorizar títulos indexados à inflação. Pode haver risco de mercado em caso de venda antecipada (ver o parágrafo anterior). Quanto maior o prazo do título, maior o risco. Como esses títulos costumam ter prazos muito longos, podem gerar grandes perdas ou lucros excepcionais em venda antecipada.

Se a expectativa for indefinida, montar uma carteira equilibrada, dando prioridade para outros tipos de objetivos.

  • Objetivos de Prazo:
    • Ladder (escada).
    • Bullet (bala).
    • Barbell (halter).

Na ladder, adquire títulos com durações diferentes, pra criar um fluxo de caixa regular com os vencimentos dos títulos. Tem flexibilidade para explorar cenários econômicos reinvestindo o dinheiro dos títulos que vão vencendo. Ou simplesmente para gerar fluxo de caixa. Ex.: usar o IPCA+, onde os vencimentos se renovam no longo prazo. No médio prazo usa os títulos privados.

Na bullet, adquire títulos com o mesmo vencimento ao longo do tempo para receber o valor de todos de uma única vez.Para quem já tem um objetivo claro, como comprar um bem em uma data específica.

Na barbell, divide o patrimônio em dois blocos. Um bloco com títulos de curto prazo para formar reserva de liquidez. Outro é investido em títulos de longo prazo. Ex.: 30% em Tesouro Selic (liquidez sem risco - tira imprevistos daqui sem risco de deságio) e 70% em Tesouro IPCA+ Principal de longo prazo (boa remuneração e protege o dinheiro contra a inflação). Essa é uma estratégia que concentra os rendimentos nos extremos, ignorando o médio prazo.

  • Objetivos de Proteção:
    • 20% em ações
    • 20% títulos privados
    • 20% fundos
    • 40% títulos públicos
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