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Impacto Macroeconómico do HIV/ SIDA em Moçambique

Descrição do problema

O SIDA (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) “é uma doença não hereditária causada pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH ou HIV - na línguainglesa) que enfraquece o sistema imunitário do nosso organismo, destruindo a capacidade de defesa em relação a muitas doenças”. O HIV é transmitido através do contacto directo de uma membrana mucosa ou na corrente sanguínea com um fluído corporal que contêm o HIV, tais como sangue, sêmen, secreção vaginal, fluido pré-seminal e leite materno. Esta transmissão pode acontecer durante o sexo anal, vaginal ou oral, transfusão de sangue, agulhas hipodérmicas contaminadas, o inter-câmbio entre a mãe e o bebê durante a gravidez, parto, amamentação ou outra exposição a um dos fluidos corporai sacima”.

Muitas pessoas pensavam que o HIV e SIDA fosse apenas um problema de saúde, e essa ideia revelou-se pouco abrangente, pois, análises mais complexas indicam que é um problema com fortes implicações no crescimento, e desenvolvimento económico pelo de facto pode afectar negativamente toda a estrutura económica e social local, através da redução do número da população activa.Os seus efeitos a nível macroeconómico são desastrosos para a economia como um todo pois afectam a produtividade do capital humano e da economia, tanto pelo facto de reduzir a mão-de-obra oferecida bem como a produtividade marginal da ainda com vida, debilitando-a e impossibilitando-a de trabalhar eficientemente – usando todas as suas capacidades produtivas. O Este tema é de grande relevância, pois, de um modo geral, existem várias repercussões económicas adversas que podem surgir no quadro do HIV e SIDA. Por conseguinte, uma análise dos gastos derivadosda implementação de actividades que estão relacionadas com a luta contra o HIV e SIDA e as prováveis implicações na gestão macroeconómica, pode impulsionar a adopção de medidas de políticas adequadas a realidade tanto ao nível local (neste caso distrital) bem como a nível nacional.

Discrepȃncia

De acordo com Branson (220) as doenças bem como outros males constituem um distúrbio que afecta a função produção e, portanto, a produção de bens e serviços numa economia. Particularmente para o caso do factor trabalho, ou seja, mão-de-obra as doenças resultam na redução do seuproduto marginal. A nível macroeconómico considera-se a produtividade marginal dos trabalhadores em termos agregados, pelo que as doenças têm efeitos negativos a nível global.Reduzem o produto marginal dos trabalhadores individualmente o que, por consequência, reduz a quantidade de bens e serviços produzidos e oferecidos numa economia.Essa redução conduz à redução o Produto Interno Bruto (PIB) que segundo SAMUELSON (1999: 375) é a quantificação (em valores monetários) de todos os bens e serviços , durante um período determinado(mês, trimestre, ano, etc.). Como tal, a redução do PIB tem impactos negativos na economia pois este influencia bastante o desenvolvimento das economias. É do crescimento económico que surge o conceito de desenvolvimento económico quedizrespeito à uma melhoria do bem-estar e, portanto, do padrão de vida dos residentes numa economia. Pode-se falar de crescimento económico sem desenvolvimento económico, nas situações em o produto interno da economia tende a ter uma distribuição mais concentrada (detendo maior parte dele um pequeno grupo dos residentes da economia), contudo nunca se pode registar desenvolvimento económico sem que haja crescimento económico. Outro aspecto pelo qual as economias são afectadas pelas doenças é relativo ao custo de oportunidade.Custo de oportunidade de acordo com Samuelson (1999: 745) é o valor da melhor alternativa sacrificada.Nisso, as doenças afectam negativamente as economias por acarretarem desvio de recursos que poderiam ser alocados noutros sectores produtivos. No que concerne ao seu produto, o HIV/ SIDA tem um impacto negativo no produto da economia moçambicana principalmente pelo facto de reduzir a mão-de-obra em termos de seu valor absoluto e por reduzir a suaprodutividade. Por outro lado o HIV/ SIDA tambem afecta negativamente o produto da economia moçambicana tem a ver com o aumento das despesas as quais têm implicado um aumento dos recursos desviados de outras áreas produtivas da economia para tratar os doentes infectados, estando neste contexto subjacente o conceito de custo de oportunidade. Para o caso de Moçambique o impacto HIV/SIDA tem-se feito refletir pela redução de mão-de-obra qualificada visto que a SIDA atacam intensivamente as camadas mais produtivas da população, levando a que trabalhadores mais experientes e qualificados sejam substituídos por jovens sem formação nem qualificações. Nesta ambiência, a análise do impacto macroeconómico do HIV em Moçambique a seguir é feitaconsiderando a variação do nível do produto da economia tendo em conta as mudanças que ocorrem a nível do factor trabalho e das despesas devido ao HIV/ SIDA, em Moçambique.

Questão de pesquisa

Embora os tratamentos para a SIDA e HIV possam retardar o curso da doença, não há atualmente nenhuma cura ou vacina. O tratamento antirretroviral apenas reduz a mortalidade e a morbidez devido à infecção pelo HIV, mas estes medicamentos são caros e o acesso a medicamentos antirretrovirais de rotina não está disponível para todas as pessoas em todos os países. Especificamente, o trabalho procura fazer inferências a partir da análise do impacto do HIV/SIDA, e sua relação com o crescimento e desenvolvimento economico , dentro de um horizonte temporal 2003-2010.De acordo com as ultimas informações do Fundo Monetário internacional (FMI), mais de 16% dos moçambicanos e ainda numa fase crescente com idades entre os 14 e 49 anos geralmente mais produtivos economicamente, estao infectados com o virus do SIDA, o que podera atrasar com o desenvolvimento económico do país. A nível do mercado de trabalho, o impacto do HIV/ SIDA em Moçambique, é preocupante. Torna-se aqui necessário levantarmos algumas questoes que carrecem de uma especial atenção ao tema, a desctacar: Uma vez que o HIV /SIDA tem infectado, e afectado de forma cruel a sociedade no seu todo sem distinção de, raça ,cor ,sexo, tribo ou religião, ate que ponto o governo tem feito políticas para reduzir o nível de infecções desta doença no pais ,princilpalmente nas zonas rurais onde nem sequer tem acesso as informações, prevenções, acesso ao tratament,o etc? No que diz respeito ao mercado do trabalho, tem se registado um aumento do nivel do desemprego muito significativo no nosso país,sendo assim , existindo pessoas empregadas com HIV/SIDA , ate que ponto esta doença pode empatar no emprego, refiro aqui a contibuição da mão-de-obra e bem como no seu rendimento?